Tenho dedos que sabem muito bem a sintaxe da língua, tendo ou não tendo ingua dá para aturar. Tendo o silêncio a duração pífia da madruga barulhenta que o vizinho insiste em pregoar, mesmo a fim de tomar cachaça, por mais que ela esteja na prateleira; hoje não dá... Agora aqui, cá entre nós... Amígdalas, assim sem ti, vai ser melhor falar...
É bem devagarinho, como se fosse andar sem sair do lugar, mas saiu... É bem miudinho, como se não tivesse movido, mas mexeu... É como as mãos nas cadeiras, para temperar o movimento... É como fico, assim contento, em vê-lá vadiar...
Eis o aqueduto! Aquele que transporta o liquido da vida! A Cachaça! Paraty para todos os distintos senhores desta cercânia!!! Meu bigode clama pelos afagos das tuas brisas foguentas... Eitâ Lapa! Eitâ caminho quente...
É como nos sambas de outrora, Mano Décio pontiava a viola, Aniceto solta o verso. A sanfona era de Mestre Menezes e o cavaco do saldoso Ari... Caminho percorrido...
Assim começa o movimento das idéias, a abertura dos novos espaços, da percepção de um outro tempo. O reencontro com o que nunca se tornou tão evidente.
Com tudo que o mundo oferece, reorganizo o que há de mais válido para o caminho. Visão.